Foto: Renault, Divulgação
Menos de 24 horas após o anúncio oficial do governo federal dos bônus para carros, ônibus e caminhões zero km, a primeira montadora iniciou a venda de um carro por menos de R$ 60 mil. Em Santa Maria, a Itaimbé Veículos, concessionária da Renault, confirmou que já tem o Kwid 1.0 por R$ 58.990, com R$ 10 mil a menos, e esclarece que é um modelo que já vem com ar-condicionado e direção elétrica, além de painel digital, trava central, quatro airbags, motor de alumínio e controles de tração e estabilidade.
— Temos 19 Kwid no estoque para venda. Já para os outros modelos, a Renault ainda não divulgou os novos preços - diz o gerente de vendas da Itaimbé Veículos, Felipe Doeler.
Outra montadora que anunciou redução foi a Hyundai, que baixou o preço do HB20 de R$ 82.290 para R$ 74.290. Outras fabricantes informaram em seus sites que estão com cadastro de clientes interessados, como é o caso da Volkswagen e da Fiat. O Fiat Cronos 1.0 saiu de R$ 84.790 para R$ 71.990, o Fiat Argo 1.0 de R$ 79.790 para 69.990 e o Fiat Mobi Like 1.0 de R$ 68.990 para R$ 58.990.
O governo diz que nas primeiras duas semanas, o programa vai priorizar a venda de carros novos para pessoas físicas, com desconto de R$ 2 mil a R$ 8 mil. Isso vale para modelos até R$ 120 mil, com o desconto sendo maior para carros mais baratos, que têm mais peças nacionais e que poluem menos. Depois, será liberada a comercialização para empresas.
Seminovos
Apesar do anúncio da redução ser para carros novos, a medida deve impactar no preço dos seminovos e usados. Dono da revenda ShopCar, Marcelo Gendelsky, acredita que esse programa do governo vai impactar pouco, já que boa parte dos carros novos que terão mais desconto são veículos básicos, que praticamente não são mais procurados.
— Ninguém mais quer carro básico. Todo mundo quer carro com ar e direção. Carros mais completos, na faixa de R$ 90 mil para mais, vão ter desconto de R$ 2 mil ou R$ 3 mil. Só que a concessionária vai oferecer menos pelo usado do cliente na hora da troca. Então, o impacto vai ser mínimo. Vai dar alguma diferença para quem conseguir comprar em dinheiro, pois se tiver de botar carro na troca, talvez seja até pior. Para a gente que vende carro, se baixassem realmente os preços, seria melhor, pois a gente venderia mais, mas isso não vai acontecer — avalia.
